quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O professor e a Inclusão

O PROFESSOR E A INCLUSÃO

Por Amália Cardoso

As escolas estão orientadas, na perspectiva da nova política, a uma proposta pedagógica a partir dos princípios da atenção e valorização das diferenças.
Para algumas escolas esta nova política, não é tão nova assim, pois já possui em sua proposta pedagógica o acolhimento e o trabalho com alunos com necessidades especiais, porém não tão de forma dirigida como o que está implementado hoje.
As barreiras à Educação Inclusiva incidem ainda nas informações e comunicações que geram a exclusão no ambiente escolar. Também, a necessidade do acompanhamento por parte das áreas que precisam estar atendendo o aluno incluído, como o neurologista, a psicologia, a fonoaudiologia, o fisioterapia, a mantenedora da escola ( se é do Estado ou do Município ), e também com grande importância, obviamente, a família deste aluno.
Mas ainda existe a barreira que há dentro de cada um de nós, e que, o professor carrega consigo também. Ela se expressa na seguinte pergunta: “Em que poderei estar ajudando este aluno? Como poderei fazê-lo aprender?” O se sentir impotente diante do atendimento a um aluno que apresenta comprometimentos maiores do que os “ditos normais”. Já está difícil planejar e promover a aprendizagem em uma demanda que possui tantos interesses que vão além da informação acadêmica, que é o que trabalha a escola. Mas, a escola também trabalha a formação da cidadania, o senso crítico, a qualidade das relações interpessoais, etc.
O que o professor precisa compreender é que muito antes de promover a aprendizagem em um aluno comprometido, o princípio da inclusão está na socialização, na autonomia e independência deste aluno em suas ações. A inclusão antes da aquisição do conhecimento, implica em promover o ingresso do aluno comprometido em um grupo que possa conviver e agir, ser participativo e através dele promover nos outros a solidadriedade, o respeito, a comunhão, que são princípios da cidadania e da religiosidade.